Município está com restrição junto ao SINCOV, não podendo receber
repasses da União e nem contratar empréstimos externos e internos.
Após a declaração de 4 (quatro) vereadores iguatemienses em suas redes
sociais, de que seriam contra a venda do terreno em frente a rodoviária, sendo
que o valor seria usado para pagamento de uma parte da dívida de precatório, a
prefeita Patrícia decidiu retirar o projeto de pauta de votação da câmara
municipal.
O Projeto de Lei n. 002/2020, autorizava a venda dos
terrenos localizados em frente à Rodoviária Municipal, mas devido a negativa de
alguns vereadores que declararam votar contra, a prefeita determinou que o
projeto seja retirado de pauta.
“Infelizmente temos uma
dívida de mais de 4 milhões de reais, estamos com bloqueio no Sistema de Gestão
de Convênios e Contratos de Repasse (Sincov) desde o dia 19-02-2020, o que
impede o município de Iguatemi de receber transferências voluntárias da União
Federal e de contrair empréstimos externo ou interno”, comentou a prefeita Patrícia.
Outro impasse que está na iminência de acontecer é o sequestro de
repasses do município (FPM e ICMS), o que se acontecer, acarretará em vários
transtornos para a população, impactando negativamente nos gastos da saúde,
educação, obras, assistência social e até no pagamento dos funcionários
públicos municipais.
Essa dívida foi contraída pelo Município no ano de
1996, há quase 25 anos, na Gestão do Ex-Prefeito Nilzo, esse débito veio se
arrastando por todo esse tempo sem que nenhum dos Prefeitos anteriores adotassem
qualquer medida para quitar o débito, preferindo protelar a situação através de
recursos judiciais, até que o Processo transitasse em julgado e hoje não há
opção que não seja o pronto pagamento.
A situação hoje é delicada, essa restrição pelo não
pagamento do precatório está impedindo o Município de receber recursos de
convênios que somam mais de R$ 3.000.000,00 (três milhões) e seriam utilizados
na conclusão da reforma do PAM, aquisição de retroescavadeira, pavimentação
asfáltica, construção de barracões em assentamentos rurais, abastecimento de
água no Assentamento N. Sra. Auxiliadora, construção de creche e quadras
esportivas.
“Outro fato negativo que
provavelmente vamos enfrentar, é o financiamento junto à Caixa que já estava
aprovado para pavimentação do Bairro Vila Nova Esperança, esse projeto também não
pode ser contratado, adiando o sonho daquela comunidade em ter o bairro
asfaltado”, declarou a prefeita Patrícia.
“A nossa ideia em vender
esses terrenos, era para resolver esse problema dessa dívida de 1996, uma
dívida antiga, mas que nenhum dos antecessores teve a coragem de enfrentar,
somente o ex-prefeito Gelson Andrade Moreira, que enquanto prefeito pagou as
parcelas em dia.
Conversei com a minha equipe jurídica e
administrativa e, por não termos os votos suficientes para a aprovação do
projeto, optamos por fazer a sua retirada da pauta de votação da Câmara
Municipal. Vamos tentar outra forma de resolver essa situação, mas deixando
claro que os riscos de cortes em serviços públicos, repasses a entidades e o
próprio pagamento de funcionários, poderá ser comprometido caso haja o
sequestro dos repasses do município”, finalizou a prefeita Patrícia.