Plano de Gestão de Iguatemi visa reduzir gastos e cortar
despesas, para que o município possa enfrentar com responsabilidade o grave
momento nacional
Diante do cenário
nacional de crise financeira sem precedentes, o Município de Iguatemi enfrenta
queda aguda da arrecadação e baixa nas receitas causadas, sobretudo, pela
diminuição de transferências de recursos e repasses pelos governos Estadual e
Federal. Por isso, a Prefeitura tomou medidas pontuais e decisivas, visando
atender serviços e manter a governabilidade, além de honrar compromissos de
curto prazo, principalmente pagamentos dos salários dos servidores e credores,
garantindo investimentos.
Para corrigir distorções
e permitir que a gestão trabalhe, a Prefeita Patrícia propôs a criação do Plano
de Gestão de Iguatemi, com medidas de redução de gastos e despesas. O PGI
consiste em um conjunto de medidas públicas necessárias para transpor o momento
de crise.
“Iniciamos o trabalho
de gestão e eficiência administrativa desde o primeiro dia à frente do
executivo municipal, mas, na medida que aprofundamos o conhecimento sobre a
real situação em que se encontra o município e diante de tantas dificuldades
neste momento de crise que assola o país, o atual quadro financeiro foi ficando
cada vez mais complicado”, explica a prefeita, Patricia Nelli Margatto (PSDB).
“Neste momento, com
compromisso público e muita seriedade e responsabilidade, adotamos medidas de
correção emergenciais, não somente para tapar buracos imediatos, mas para
permitir que Iguatemi volte a fazer investimentos obras importantes, visando o
bem-estar das famílias e da população como um todo”, comenta a prefeita.
Real situação
Um pente-fino nas
contas do município está sendo feito pela equipe da atual administração, que enfrenta
um difícil cenário.
Nos últimos 12 meses, a
arrecadação municipal caiu 35%, se compararmos o último semestre de 2016 com o
primeiro de 2017. As despesas com pessoal comprometem 54,3% das receitas, saúde
24,5% e educação 30%. Com isso os investimentos diminuíram em 0,02%.
“Precisamos reduzir ainda
mais drasticamente os gastos, mas com eficiência, sem comprometer os serviços e
contas básicas para nossa população”, explica Sérgio Marques da Silva, secretário
municipal de Finanças.
A Prefeitura,
consciente da grave situação financeira em nível nacional, a exemplo dos governos
Federal e Estadual, também toma medidas econômicas duras de redução de gastos e
despesas. O Plano de Gestão se mantém aberto ao diálogo em busca de soluções
para a crise.
“Este é um trabalho
importante para ressaltar a clareza com que estamos encarando a grave crise
financeira atual, bem como os mecanismos para contornar essa situação. Ao lado dos
vereadores, queremos aprimorar ações e buscar soluções para enfrentarmos essa
difícil situação econômica municipal”, expõe a secretária municipal de Governo,
Ivoni Nabhan Pelegrinelli.
As medidas do Plano de
Gestão a serem apresentadas visam melhor adequar a situação à realidade
econômico-financeira do município de Iguatemi, sem prejuízo da prestação dos
serviços públicos essenciais.
Considerando também o compromisso e a
necessidade de se manter em dia o pagamento dos servidores municipais e
fornecedores, e, por fim, o dever do administrador
público de defender e zelar pelo bom e regular funcionamento dos bens e
serviços públicos em prol da coletividade.
As medidas apresentadas pelo o Plano de Gestão são:
- Através do Decreto
1.477/2017, reduzir em 25% o custeio da máquina administrativa em todos os
órgãos da administração municipal;
- Redução do número de
servidores comissionados e/ou contratados, bem como das gratificações, ficando
vedada a prática de qualquer ato que resulte em aumento da despesa com pessoal;
- Redução de diárias
para participação em cursos, reuniões e outros eventos, ficando limitadas
àquelas relacionadas a serviços essenciais, como transporte de pacientes;
- Não aquisição de
equipamentos e material permanente e até mesmo de consumo não essenciais com recursos
próprios;
- Adequação nos valores
dos convênios ou termos de cooperação com entidades beneficentes,
filantrópicas, organizações não governamentais e similares, revisando os
repasses já existentes;
- Não utilização de
veículos oficiais fora dos horários de expediente de cada órgão e nos fins de
semana, com exceção da ambulância de plantão do Pronto Atendimento Municipal,
devendo sua utilização ser otimizada;
- Limitação de empenho
e movimentação financeira de acordo com o que foi estabelecido na LDO,
observadas as disposições da LRF;
- Criação da Comissão
Municipal de Equilíbrio Financeiro e Orçamentário – CMEF, com a função de
planejar, orientar, promover, assegurar, regular, acompanhar, controlar e
documentar as ações da política fazendária para o equilíbrio entre a receita e
a despesa municipal, propondo medidas de redução de despesa e administrando as
dívidas flutuante e fundada e compras do Município;
- Manter o congelamento de salários da Prefeita, Secretários e Cargos
Comissionados até 2020, que não passarão por reajuste anual;
- Está aumentando a arrecadação de impostos atrasados por meio do
Programa de Recuperação de Créditos Fiscais (REFIC);
- Fará o recadastramento de imóveis urbanos, que não era atualizado desde
2005;
Com boa vontade e responsabilidade, a atual administração conta também
com todos que estão a serviço do bem-estar da sociedade. Sem tijolo, mas com
coragem, sem cimento, mas com responsabilidade, gestão é a obra mais importante,
fruto de um governo corajoso, administrando de maneira transparente e
transformadora, visando o bem-estar coletivo.
“Sempre caminhando, sem medo de corrigir os erros, sem perder o rumo, sem
deixar de lado a responsabilidade com as contas públicas”, finaliza Patricia Nelli Margatto.