As chuvas fortes que atingem com mais intensidade desde dezembro do ano passado a cidade de Iguatemi, a 451 quilômetros de Campo Grande, provocaram a queda de 10 das 54 pontes e galerias sobre rios e córregos na zona rural do município. Além disso, deixaram estradas vicinais intransitáveis e provocaram a destruição da pavimentação asfáltica de cinco bairros.
Segundo a prefeitura, a situação é mais critica na região de três assentamentos do município. No Nossa Senhora Auxiliadora, onde moram cerca de 252 famílias, uma tempestade no dia 3 de janeiro, com um volume de 140 milímetros, fez com que o córrego Jaguarão transbordasse e destruísse 3 das 6 pontes do local.
De acordo com o município, a água chegou a ficar 80 centímetros acima do pavimento da ponte de madeira que fica na entrada do assentamento. Para que os moradores não ficassem isolados e também pudessem escoar sua produção, cerca de 30 mil litros de leite por dia, a prefeitura negociou com um produtor da região uma autorização para fosse utilizado um desvio por dentro de sua propriedade, que aumenta em 7 quilômetros a distância do assentamento a área urbana de Iguatemi.
Já no assentamento Colorado, o município aponta que a estrada que dá acesso ao local está intransitável. Na área, com o excesso de chuva houve o afloramento de nascentes, o que destruiu o pavimento e criou vários atoleiros.
O terceiro assentamento com problema de acesso é o São Luiz, onde as chuvas fortes da última semana abriram na pista da única estrada que leva ao local, uma cratera que tem cerca de 600 metros de comprimento e 4 de profundidade.
Nos assentamentos Nossa Senhora Auxiliadora e Colorado, equipes da prefeitura e de uma empreiteira contratada pelo governo do estado já estão trabalhando de forma emergencial para recuperar as estruturas destruídas e liberar o trânsito de veículos. No São Luiz, a prefeitura aponta que as obras serão iniciadas assim que as equipes concluírem os trabalhos nos outros assentamentos.
Já na área urbana, o município contabiliza um prejuízo de aproximadamente R$ 5 milhões com a destruição da pavimentação asfáltica dos bairros Jardim Aeroporto, Vila Nova, Vila Rosa, Vila Nova Esperança e Vila Operaria. Nestes locais, o grande volume de chuva fez aflorar água embaixo do asfalto, que cedeu.
O município, que já tinha uma situação de emergência decretada desde setembro do ano passado, em razão dos estragos provocados por uma chuva de granizo, prorrogou esse estado por conta dos danos causados pelo excesso de chuva e teve a condição reconhecida pela Defesa Civil estadual e pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).