Depois do encontro promovido pela ACINI (Associação Comercial e Industrial de Iguatemi) no último dia 15 no plenário da câmara de vereadores a população de Iguatemi começa a tomar conhecimento do processo administrativo da FUNAI que pretende criar aldeias no município.
Outro encontro aconteceu neste dia 21, na sede do Sindicato Rural de Iguatemi, com a presença de fazendeiros, antropólogos,advogados, empresários, comerciantes, representante de Sindicatos Rurais do conesul e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iguatemi, além de vereadores de Iguatemi e região e também dos prefeitos Sergio Barbosa de Amambai, Pedrinho de Tacuru, Nilcéia de Cel. Sapucaia, Zé Roberto de Iguatemi, e dos vice-prefeitos de Eldorado Auro Trento e de Paranhos Donizete Viaro.
Eduardo Riedel, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul) explicou rapidamente o processo administrativo da FUNAI que demarcou terras em Mato Grosso do Sul, e que está no prazo de contestação tanto por parte dos índios quanto por parte dos fazendeiros. Eduardo também trouxe a notícia que a tese da indenização plena pela terra começa a ganhar força, inclusive a bancada federal de MS conseguiu já no final dos trabalhos de 2012 colocar no orçamento da União verba para isso, algo na casa dos 20 milhões de reais, o que significa muito pouco perto do valor que será preciso para indenizar os fazendeiros por toda a área demarcada. O presidente da FAMASUL reforçou ainda que de agora em diante será preciso cada vez mais empenho de todos os envolvidos para alertar a população que ainda desconhece os impactos que a possível criação de áreas indígenas pode trazer e pediu compromisso dos fazendeiros, sindicatos e população em geral quando solicitados em prol das atividades e manifestações contra os estudos da FUNAI.
O prefeito Zé Roberto disse que as pessoas precisam se inteirar deste assunto e que sempre se deve buscar beneficiar a coletividade, para isso sugeriu trabalhar a mídia, redes sociais e demais meios de comunicação. Zé Roberto, apresentando o mapa da região demarcada, demonstrou preocupação, poiso espaço de terras entre as áreas demarcadas e a fronteira com o Paraguai será muito estreito. Os representantes presentes do CONISUL garantiram que vão levar a proposta de trabalhar em conjunto, mesmo os municípios que não tiveram áreas demarcadas.
O presidente da câmara de Iguatemi, vereador Jesus Milane de Santana, disse que os vereadores de Iguatemi farão um manifesto pedindo empenho da bancada federal.
Ficou definido que o comando das ações ficará centralizado nos sindicatos rurais que deverão lançar uma campanha informativa para que a população possa acompanhar o processo e saber sobre os impactos que a criação de áreas indígenas pode trazer.