Imaginar um lixão sem odor e sem mosquitos é quase utópico. No interior de Mato Grosso do Sul, isso tornou-se realidade, através da implantação da Unidade de Processamento de Lixo (UPL) de Iguatemi, município localizado a 359 quilômetros da capital do estado, Campo Grande.
Esse modelo de usina é pioneiro em Mato Grosso do Sul e tem a função de desidratar e semiesterilizar o lixo, retirando totalmente seu odor. Além disso, elimina por completo o chorume, liquido produzido pelo lixo, altamente poluente e vilão de todo o processo, desde a coleta até o aterro. Depois desse procedimento os resíduos são separados e o excedente é transformado em adubo orgânico.
Preocupada em preservar o meio ambiente e elevar a qualidade de vida da população, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão responsável pelo saneamento ambiental de municípios com menos de 50 mil habitantes, vem investindo em projetos como esse, que visam diminuir impactos na natureza.
Para conhecer essa inovação, a Superintendência Estadual da Funasa de MS (Suest/MS) enviou, no último mês, uma equipe formada pelo chefe da Divisão de Engenharia e Saúde Pública (Diesp), Aristides Ortiz; o engenheiro da instituição, Mario Marcio; e o servidor Aparecido Teixeira Gomes.
Durante a visita, os técnicos da Funasa discutiram sobre a possibilidade de realizar consórcios públicos entre os municípios vizinhos, para aproveitar a usina em sua capacidade total, que é de 30 toneladas. Também foi debatida a possibilidade de realização de um seminário entre as entidades responsáveis por Resíduos Sólidos Urbanos para que conheçam o processo implantado em Iguatemi.
"É importante que nossos técnicos conheçam os modelos existentes, para poderem analisar os mais vantajosos e assim oferecer um melhor serviço para a população", assinalou, por sua vez, o superintendente estadual da Funasa de MS, Pedro Teruel.