Acessibilidade

A+
A-

Temperatura

Atendimento: 2ª à 6ª, das 7:00h às 13:00h (MS)
(67) 3471-1130

Iguatemi gera empregos e contém êxodo


Publicado em: 29/07/2009 10:25
Fonte/Agência: Campo Grande News
Iguatemi gera empregos e contém êxodo

Quatro anos após a notificação dos casos de febre aftosa em Japorã e Eldorado, que resultou no fechamento de dois frigoríficos e na demissão de 1,4 mil trabalhadores, Iguatemi, município com 15 mil habitantes  começa a dar sinais de que está superando a crise.

 

Sem perspectivas econômicas, a população teve redução de 16% nos últimos seis anos, de 18 mil para 15 mil habitantes, segundo o prefeito José Roberto Arcoverde (PSDB). Outras empresas foram fechadas. O comércio sofreu a retração econômica causada pela crise no agro-negócio. Além da aftosa, a cidade sofreu os efeitos da crise no agro-negócio.

 

“Estamos saindo da crise da febre aftosa”, confirmou o prefeito. Exercendo o primeiro cargo eletivo da sua vida e no município, onde passou a residir há quatro anos, o médico veterinário considera o combate ao desemprego como o principal desafio. Ele estima que a criação de mais 500 empregos seria ideal para suprir a demanda por novas vagas no mercado de trabalho de Iguatemi.

 

FRIGORÍFICOS

A reação começou com a reabertura de um do Frigorífico Bom Charque, adquirido pelo grupo Belincanta. A unidade passou a abater 500 bovinos por dia desde o ano passado. Nos últimos meses, ampliou em 50% o quadro de funcionários, de 500 para 750 pessoas.

A luta agora é pela reabertura do outro, o Iguatemi, que gerava outros 500 empregos diretos. O grupo Diplomata chegou a arrendar a unidade, mas a atividade funcionou por aproximadamente seis meses.

O prefeito contou que outras empresas que geram empregos são a usina de álcool Dcoil, que fica a 80 quilômetros (600 empregos), a fábrica de ração Purisul (40 empregos) e a reabertura de uma serraria para fabricar dormentes (40 empregos).

 

CAMPO

Outro sinal de recuperação é a realização da 1ª Feira do Leite do Território do Cone Sul, que acontecerá de 3 a 6 de dezembro deste ano em Iguatemi. O objetivo é transformá-la em festa típica, considerando-se a produção diária de 25 mil litros de leite.

De acordo com Zé Roberto, o leite é produzido por 150 pequenos produtores rurais e mais 416 famílias distribuídas em três assentamentos rurais. A produção é distribuída entre os laticínios de São Gabriel do Oeste e do Paraná.

 

Com o objetivo de incrementar a economia rural, a prefeitura firmou convênio com a Agraer (Agência Estadual de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) para que oito técnicos ofereçam assistência técnica aos produtores rurais. Também tem convênio para capacitá-los com a CNA (Confederação Nacional de Agricultura).

 

OBRAS

O prefeito aguarda com expectativa as obras prometidas pelo governador André Puccinelli (PMDB). A mais importante ainda está apenas no papel e depende de empréstimo do Banco Mundial, que é a pavimentação de 100 quilômetros da MS-180, entre Iguatemi e Juti.

A obra reduzirá em 70 quilômetros a distância entre Iguatemi e Campo Grande. Além disso, pavimentará o acesso à usina de açúcar e álcool, que acaba empregando mais moradores de Naviraí devido à dificuldade de acesso. A rodovia ainda interligará dois assentamentos rurais.

Após seis anos sem construir uma casa popular, de acordo com o prefeito, Iguatemi registra as primeiras 31 unidades sendo construídas pelo Governo. Outras 110 já estão garantidas, sendo 60 pelo MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia). Com novas obras e indústrias, a cidade conseguiu estancar o êxodo de moradores em busca de empregos e geração de renda.

Zé Roberto afirmou que a população está mais esperançosa e otimista com o futuro de Iguatemi, que tinha tudo para ser o pólo regional, mas acabou vendo a oportunidade escapar em decorrência das crises no meio rural.
 

(Material publicado pelo Campo Grande News após a visita do prefeito)